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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Eu já sabia

Dez por cento de talento basta. Vemos por ai inúmeros jogadores medíocres, dando conta de fazer sua função tática, resolvendo no grupo, pois são onze jogadores. Nossa trilha sonora é um tango composto por Shakespeare. São muitos jogadores interessados em dólares e euros, não mais em honra, os valores estão de ponta cabeça. Sempre se fala mal de um ou de outro jogador, do técnico e das estrelas da república sarnenta.
Estão dando frutos os maus investimentos nos esportes, inclusive o futebol, podem até dizer que o Brasil é um celeiro de craques da bola. Mas seriam eles craques mesmo? Como é o esporte que mais rende dinheiro, talvez o único, que possa transformar do dia para a noite, um pobre desprotegido de estado, em um milionário. Isso instiga os meninos em seguir a carreira futebolística, e quem vive, não é o meu caso, deve saber, o quão terrível é o dia a dia de milhares de alunos nas escolinhas, vê-se que eles não têm o menor talento para jogar pebolim, mas sonhando em jogar uma copa do mundo.
Os diretores de clubes e federações sabem bem, e como sabem, melhor que uma mina de ouro. Investe-se nada e se ganha muito.
Convivemos muito com jogadores que mostram um pretenso talento, até eu um “perna de pau” sem talento para fazer gol contra, joga um jogo bem digno de troféu, e fazem um oba oba em torno deste craque a ponto de acharem que este sim ganhará a medalha de ouro, como se não precisasse de outros dez jogando junto. A famigerada indústria de boleiros, fabrica uns craques meia-boca, para faturar uma boa dúzia de milhares de dólares, sem importar-se com o futebol, ou com o homem dentro da camiseta do clube.
E que clubes! Estão levando jogadores daqui para fora ainda em forma de embrião, para jogar em times da quinta divisão de um país qualquer, lá onde o Judas perdeu as botas. Depois voltam para vestir a camisa amarela, mais valiosa para alguns do que a própria vida, com um discurso hipócrita digno de político populista de quinta, que precisam dar alegrias ao povo. E o que é pior, o povo, se revolta contra o técnico, que é só uma peça a serviço da maquina, e não se revolta com os políticos. Os jogadores derrotados em Pequim, voltarão para suas mansões e seus milhões de dólares, enquanto os chorosos brasileiros continuam no seu patético mundinho de explorados pelo sistema.
O nosso maior comandante, disse que ficou raivoso diante da derrota para os “Hermanos”. Que interessante! Os problemas do Brasil se resumem à ausência de uma maldita medalha dourada? Educação, saúde, transporte, infra-estrutura... isso é problema dos outros.

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