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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então, é natal!

Apesar da minha origem Judia, minha família era cristã, não diria ortodoxa pois essa é outra corrente, mas muito fervorosa mesmo. Morávamos num canto de mundo esquecido por Deus, onde missa só havia uma vez por mês, mesmo assim, a “carolice” era tamanha que se organizava uma espécie de missa, chamado de terço, impressionantemente, ministrada por uma senhora, talvez sem o conhecimento do retrogrado clero, a primeira e única sacerdotisa católica que eu conheci. Sempre fui rato de igreja, estando sempre presente nas atividades eclesiásticas a ponto de cogitarem minha ordenação.
A família numerosa se reunia em torno do patriarca, meu avorrai, nas vésperas do natal, dependendo dos feriadões, chegava uns, e saiam outros até depois do ano-novo, poucos faltavam. Usávamos a metáfora dos reis magos para reunir a família, sem se importar com a presença ou não de presentes, aliás, nem ligávamos, natal a presentes, era como se fosse duas coisas bem distintas.
Hoje somos atropelados por uma maré de desafortunados torrando seus minguados dobrões nos shoppings deste Brasil varonil. Estamos nos distanciando cada vez mais, e as relações pessoais se esvaem no ralo, assim como nossas miseras moedas de fim de ano. Sempre aparece nestas vésperas natalícias, um bando de aproveitadores, a doar presentes a crianças carentes, como se fosse disso que elas precisassem. Alguém me dirá, certamente ou seria pretensão minha, que as crianças precisam sorrir. Mas com casa, comida e segurança, até o defunto ri a toa.
Sinceramente, medidas paliativas não mais. Chega. Basta! Já era. Vamos inventar um meio de estarmos mais próximos de nossos entes queridos, antes que nos próximos natais, nós tenhamos que vender a alma ao diabo para presentear nossos cães, já que a distancia dos seres ditos humanos, nos torne filhos de chocadeiras. Só os cães acompanharão a ganância e a cobiça, pois nem sabem o que é isso.

Natal  De nascimento; Natalício; Onde se deu nascimento; Cidade natal; Dia do aniversário de nascimento; dia em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo.

Até o dicionário se equivoca, já que Jesus, se é que existiu pois nem seus seguidores seguem seus ensinamentos, nasceu no mês de março ou maio, ainda não há consenso, e os cristãos sabem disso. Não acharam correto, porém, comemorar o nascimento próximo à páscoa símbolo da morte do líder máximo da seita, e mataram dois coelhos com uma cajadada só, apropriaram-se dos cultos ao deus sol, nas festividades de Jul no hemisfério norte, entrada do inverno, onde as famílias se reuniam para festejar o fim das colheitas e o inicio da época de gelo intenso.
Aliás, apropriar-se é uma palavra em voga, e não aceita no clero, alguém ai lembra desta historinha:
Os deuses criaram o homem para se aliviar de suas tarefas, e eles viviam muitos e muitos anos, um dia os deuses se cansaram dos homens e resolveram aniquilá-los da face da terra, mas um deus muito bonzinho, Enki, avisa Ziusudra rei de Shuruppak, e o manda construir um navio gigantesco para salvar animais e pessoas de sua volta. Sabem de quem estou falando? Eu voltarei com mais detalhes. Por enquanto “Feliz Gastal”.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Da lama ao caos

Parafraseando o poeta, neste Brasil de todos os arroubos e vilanias mil, os ocupadíssimos legisladores nacionais, ocupam-se até altas horas para aprovarem uma medida anacrônica a realidade. Há anos espera-se a aprovação de uma medida ordeira para acabar com a zona fubana instaurada na política nacional, ou outros assuntos capazes de resgatar a confiança das pessoas no sistema, ou mesmo a dignidade combalida de todos deste país, mas esbarram na falta de tempo dos congratulados escárniadores da nação.
Senadores varam madrugada no plenário, buscando criar mais de sete mil vagas de bajuladores políticos nos municípios com a deslavada idéia de ajudar o povo já que os vereadores, teoricamente, seriam os legisladores mais próximos do povo. Eu não conheço nenhum vereador desta cidade, nem sequer para pedir voto, coisa rara. Ainda quando morador de Santa Maria – RS, acompanhei muita sessão plenária, para ver o andamento da casa, mas o que se vê é digno de filme terror de quinta. Retratos da educação carcomida de nossos dias, a casa legislativa era um circo de assassinato ao bom e velho alquebrado português.
A eloqüência digna de alunos da pré-escola norteia nossos parvos vereadores, atrás apenas das verbas destinadas a entulharem seus cofres e contas bancarias, na cidade descrita anteriormente, eram 21 ineficazes vereadores, foram reduzidos a 14, e agora vão aumentar para 21 novamente, mas perguntem ao povo que diferença fez? Nenhuma, as coisas continuam como antes na casa de Abrantes, tanto faz se for apenas um, nenhum ou mil e um, enquanto os eleitos forem meros famigerados “umbiguistas” nada muda. Pena não ser, apenas, mais um pensamento pessimista, mas fatidicamente, e assustadoramente, realista.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Direitos autorais

              A cerca de cinco mil anos A. C,. os Sumérios, no berço da civilização como a conhecemos hoje, escreveram uma obra literária das raras antigas ainda existentes hoje sem muitas mudanças, e seu autor é desconhecido. Durante a maior parte dos tempos, se ignorava direitos autorais e se colocava outro nome como autor. E como o mundo dá voltas, segundo um ditado popular, cá estamos nós, sem direitos autorais de novo. Ou como diria o poeta, o mundo é uma salada mista.
              
              O livro mais lido e mais influente de todos os tempos, a Bíblia, que nada mais é que um compendio de milhares de outras historias, inclusive da epopéia de Gilgamesh oriunda dos Sumérios, começou a ser organizada perto do ano 1000 A.C., no inicio da organização das tribos habitantes das terras de Canaã que viriam a se chamar Israel, sob a batuta de um Rei, Davi. Quase tudo contado em forma de parábolas, ou epopéias, narra as aventuras do homem desde a criação, em dois textos distintos, um citando YAWEH, ou Javé ou Jeová, depende da tradução, e Elohim. O primeiro criara o mundo em sete dias o segundo em apenas um.

              Na epopéia de Gilgamesh, um semideus, que dá nome a estória, salva a humanidade de uma catástrofe de inundação, relatada como um dilúvio geral sobre a terra, copiada na bíblia com nome de Noé, e os dois nomes dos deuses criadores de repetem, nem houve uma revisão. Mesmo assim creditaram estes dois textos, Gênesis e Êxodo a um autor apenas, o mítico Moisés.

               Por volta de 389 A.C., um religioso chamado Esdras dá uma editada nas estórias destes dois livros creditados a Moisés, e escrevem mais tres, Deuteronômio, Números e Levítico, e creditam a Moisés. Nada de créditos autorais aos verdadeiros autores. Já quando resolveram escrever a história de um jovem Judeu que enfrentou os sacerdotes do templo, e ganhava a vida como mágico, segundo relatos que se mantiveram originais sem interferência de Padres, Monges ou Bulas Papais, nem editores manipuladores no decorrer dos séculos, colocaram seus devidos créditos nos textos, exceto os três primeiros evangelhos, que foram de outros autores, mas colocados nos nomes dos mestres, Marcos, Lucas e Matheus.

              Assim como o cinema Americano é usado como moeda de troca nos negócios, a Bíblia foi usada como único livro da humanidade por séculos, imposta sob pena de morte, num marketing para lá de absurdo, que funcionou graças a milhares de fogueiras usadas para queimar homens e outros tipos de escrituras, fazendo humanidade chegar à idade média, como no tempo das cavernas, se bem que ainda hoje tem uns pelas ruas de nossas modernas cidades que estão na pedra lascada, mas isso é outra história.

               Na idade média, obras literárias começam a ganhar espaço, e os autores nem tanto, costumava-se a citar fontes mais antigas para corroborar suas escritas, e algumas obras transcendem, como o caso do Rei Arthur, difícil de afirmar se foi real, se foi lenda, e se há um autor. Assim como Dom Quixote, sabe-se tratar de um romance, mas se confunde com o real, além de poucos saberem quem é o autor da saga do Cavaleiro Andante. Michael Scott e Miguel de Cervantes, são pouco relevantes?

               Até o William Shakespeare entrou nessa onda, te historiadores que calculam mais de dezessete autores aos textos atribuídos ao bardo, outros ainda, afirmam que o celebrado autor inglês, nada mais fez que plagiar inúmeros autores europeus, contemporâneos ou não. A verdade é que nem tudo é o que parece ser. Uma professora de Porto Alegre, foi acusada de espalhar pela Internet um texto e uma foto de jovem infrator no trânsito, educado igual aos religiosos da idade média ou aos homens das cavernas, mas o texto nem a foto eram criações dela.
               
               Um quase acidente numa via de Porto Alegre – RS, uma reclamação e o jovem filhinho de papai, deu ré acertando o carro de uma senhora, ainda fazendo gestos desrespeitosos à dita dama, que o fotografou e enviou por e-mail para alguns amigos, junto com um texto de desabafo. Tempos depois, alguém alterou o titulo do texto e a autoria, passando para uma professora dando mais credibilidade ao texto, assim como Esdras, que abriu mão de assumir os textos ante Moisés.

               Ainda com inúmeros casos assim, anônimos, ainda surgem casos como em muitos blogs, há um roubo de texto, e novo credito, e com pessoas ditas honradas, com nome e sobrenome, e outros títulos depois.

              Assim acontece no mundo virtual de milhares de textos circulando creditados a grandes autores nacionais, os direitos autorais estão começando a se findar. Voltamos a viver como a 10.000 anos atrás. Ou como disse o Cineasta Carlos Gerbase: “Morreu! Já era. Direito autoral nunca deu dinheiro a ninguém, agora menos ainda”.

domingo, 16 de novembro de 2008

A volta da inquisição

Ainda se fala, muito se fala na verdade, e ao que parece ainda vai se falar muito mais sobre o ano de 1968, que dizem, ser o ano que não terminou. Não é segredo para ninguém sobre o dito ano de movimentos globais pela liberdade, movimentos de estudantes na Europa, conflitos raciais acirrados na América do Norte, privações de liberdade na América do Sul. Que continuam até hoje disfarçado de democracia, deve ser por isso que o ano fatídico ainda não terminou.
Depois de milhares de achaques na nossa liberdade pelos homens fardados nos vinte e um anos de ditadura militar, uma apoda democracia apoderou-se das sobras, nos achacando dentro das normas ditadas democraticamente no ano de 1988, chamada de constituição que delibera poderes irrestritos ditatoriais pelo administrador mor da nação eleito pelo povo, que nunca fica sabendo o que acontece pelas suas costas.
Agora um acordo feito no vaticano, a portas fechadas, os democráticos governantes do Brasil impõe um conjunto de leis versando sobre a igreja católica no País. Assinado sem consulta popular e inconstitucional, discriminando e classificando o cidadão Brasileiro em duas categorias, tais quais o terceiro Reich.
As conversas existentes entre o Papado e o governo federal acontecem desde o mandato de FHC em 2000, embora oficialmente se afirme que a proposta foi enviada pelo vaticano e discutida a partir de 2006. O direito de livre expressão do cidadão foi jogado no lixo junto com a constituição e seu inciso número cinco.
Num dos artigos o vaticano impõe o ensino religioso obrigatório nas escolas públicas, num retrocesso medieval. No Brasil o ensino religioso é facultativo, devido à diversidade religiosa aceita no país, considerado um paraíso, diante de tamanha liberdade de crenças. Claro que, sempre tendo algumas pendengas mas, normal, como nas melhores famílias. O governo brasileiro maquiou o artigo, onde dizia obrigatoriedade, foi acrescentado a expressão “outras confissões” ao texto e justificou: para assegurar "o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação".
Feita de uma forma autoritária e na melhor negociata de traficantes, acabaram com direitos adquiridos arduamente, com sangue e suor, democraticamente. Você poderá obter mais informações neste endereço, onde está o acordo na integra. No fim, uma brecha legal, como todas as leis, fica uma porta escancarada para a ICAR meter a opinião atroz desta pútrida entidade nos rumos das nossas vidas. O governo assinou uma carta branca, dando liberdade total à igreja intervir em leis dentro dos preceitos falidos do Papado, sem integridade moral, calcado em mentiras monumentais e negócios escusos como o tratado de Latrão, para dar um exemplo.
Lutamos há séculos pela igualdade e agora vamos ter classificação? Cidadãos de primeira classe, os católicos e os de segunda classe, os não católicos. Acaso seria o inicio de uma nova inquisição? Ou a ICAR não quer falar sobre o assunto? Varreu para debaixo do ouro que forma o tapete do vaticano? Vamos arder numa fogueira ou vamos para a cadeira elétrica? Creio que será a primeira, já que retroagir é a regra.
Além disso, a arte sacra de muito valor, diga-se de passagem, que admiro e visito, passará a onerar o estado, mesmo que faça parte da fortuna incalculável da Igreja. Mais um achaque institucional no bolso combalido do cidadão brasileiro. Dinheiro este que poderia ser usado para criar escolas e melhorar a educação, mas isso não é interessante, pois desfaz dogmas e revela a verdade. Quem vai mandar no país é uma entidade que desrespeita as leis e “patrola” o individuo. Desconhece o pensamento livre, tenta arbitrar até todas as ações do cidadão, amordaça seus servidores (servos), que não cumpre as normas da CLT, enfim, não respeita a autonomia da republica, e não merece um pingo de nosso crédito.
Agora o projeto vai para o congresso nacional, para apreciação dos deputados e senadores, velhos lobos, que são, na maioria, carneirinhos diante destas questões desta magnitude. É preciso uma grande manifestação popular para vetar essa vergonha evitando que haja um retrocesso ao Brasil imperial.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Campeões imorais

                Estamos ficando imorais também no futebol, que não é um jogo de azar, mas se perde e se ganha. As vaias ressoadas nos jogos da seleção canarinho, tem dois lados. Um bom e um ruim. O ruim é que atrapalha o espetáculo, e deviam vaiar outros setores nacionais que não estão bem, o bom que pelo menos alguma coisa importa neste país corroído. Não podemos admitir que cidadãos orgulhosamente brasileiros, talentos absolutos, nascidos com pé de ouro que angariam títulos e fortunas mundo afora, e se prestam a shows patéticos como o visto no Maracanã.

               Apenas as lembranças de fotos preto e branco, de anos e anos atrás, de amigos orgulhosos de seus clubes, nada mais comentado, por semanas, ou meses, dos clássicos de seus times, no caso aqui de Porto Alegre, um gre-nal. Hoje nem usar uma camiseta do adversário pode. Dizem que em São Paulo, tem o bairro Corintiano e o bairro palmeirense, e um não tolera nem a cor do adversário no seu recinto. Custa-me acreditar numa situação destas, seria o homem um animal irracional e imbecil?

              Gosto de futebol bem jogado, e me admira a Argentina, com seus dois títulos mundiais, sem jogadores do nível dos encontrados sob a amarelinha. A dedicação de um jogador platino em campo é fora de serie, podem até perder o jogo, mas com raça, sem amarrar meia ou chuteira. A seleção brasileira é um fiasco fenomenal, dentro e fora das quatro linhas, com jogadores recusando-se a jogar pelo escrete canarinho, enquanto os hermanos morrem dentro do campo se necessário for.

               Nada mais normal em um país que vive só de Rio e São Paulo. Maldita hora que Napoleão tentou invadir Portugal, os lusos vieram para cá e não deixaram o país ficar em varias partes distintas. Já que parece existir apenas dois estados, separam as regiões, cinco países viriam bem a calhar. Somos achincalhados de norte a sul do país pelo governo nacional tão distante do povo, sem que os milhares de Brasileiros que vão ao estádio pedir a cabeça do técnico.

               Em 2005, uma patota generalizada no desporto bretão, afanou o titulo do Internacional de Porto Alegre, inclusive sem assinalar um pênalti que até os mortos viram claramente a falta. Prova de aquele time colorado era o melhor do país, que no ano seguinte conquistou a América e o Mundo, diante do poderoso Barcelona, enquanto o time paulista caia vergonhosamente diante de um River Plate.

              Em 2008, parece que a coisa está se repetindo. Já não bastasse em outro campeonato, 2006, se não me engano, o Grêmio vinha ameaçando o titulo do São Paulo, teve seu técnico suspenso por meses, e quando não havia mais chance do tricolor chegar ao titulo, revogaram a suspensão. Esse ano tentaram pegar o técnico Celso Roth numa operação da policia federal, batizada de OURO VERDE. Agora o esforçado time do Grêmio, que no papel não é o melhor time do Brasil e está na frente, “os caras” fazem um arrasto no time, por situações iguais, ou menores ainda, são suspensos com penas maiores. Um jogador do palmeiras deu um soco no rosto de um cruzeirense, outro é o mais indisciplinado, e tendo sido expulso varias vezes e cadê punição?

              Depois ainda falam que reclamar é choro de perdedor. Erro arbitral dentro das quatro linhas vá lá, mas fora? Tudo por um titulo, que nojo, se meu time forjasse um campeonato, eu recusaria título, ou torceria por outro.

             Durante a década de noventa, houve diversas “viradas de mesa”, quando times grandes rebaixados, permaneciam na elite, precisou o Fluminense cair duas vezes para “moralizam” um pouco. Inclusive, para meu desgosto, com o próprio Grêmio em 1993, subiu virando a mesa, mas dez anos depois voltou à segunda divisão para, com raça, voltar epicamente ao topo, e mostrar que mesmo com verbas inferiores, times do sul já conquistaram vários campeonatos, inclusive dois mundiais e três da América. Isso que nem citei os times do nordeste, com torcedores apaixonados que lotam estádio mesmo na terceira divisão e não destroem o time por uma simples derrota.

              Cadê o futebol dos milionários jogadores Brasileiros? Cadê a esportividade dos torcedores apaixonados? Cadê a revolta contra os políticos corruptos?

               É amigo, é copa do mundo! Não tem mais bobos no futebol! Que pena!

               Escalem seus advogados o clássico Palmeiras x Grêmio vai ser disputado no STJD, com paletó e gravata.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um dia de fúria

               Cadê o pedigree que estava aqui?
               
               O gato comeu.
               
               Cadê o gato?
             
              O grampo pegou. Mas não se preocupe o grampeador foi preso.

             Parece piada, mas é real. Poderia ser em que país? Só o Brasil de seus políticos anjinhos poderiam pensar numa lei destas. Cada um sabe o tamanho do rabo que tem e protege bem. Agora pense bem antes de grampear umas folhas de relatório ou coisas similares, pois os grampos acabarão prendendo seus dedos.
           
              Esse dia ainda vai chegar, mesmo que você esperneie, não vai adiantar, o estado está, com o perdão da palavra, cagando e andando para o cidadão. Imagine a seguinte cena:
          
              “Uma delegacia de policia:
             - Vim denunciar o fulano de tal, residente na rua tal numero tal. Eu o vi entrando no meu pátio e roubando minha vaca.
             - O senhor está preso. Não pode denunciar um ladrão”.

            Desculpem-me os colegas socialistas e comunistas, mas qual era o problema da ditadura?

            Os maníacos políticos, onde impera uma gama de bravos lutadores em prol da liberdade e da democracia, estão democraticamente cerceando seus pares numa aventura decididamente ditatorial, sem que ninguém possa fazer nada. Digo possa, pois vontade não falta, mas há uma proteção gigantesca diante de nós, parece que estamos na idade media, com fortalezas medievais a serviço destes “escravo (demo) cratas”.

             Têm muitos por ai, que mais dia menos dia, pensa em ser William Foster, de “um dia de fúria”, neste filme de Joel Schumacher de 1993, Foster, interpretado dignamente por Michael Douglas, enfurece diante do caos da cidade e resolve destruir o que ele julga ser ruim para a sociedade. Parece um extremo perigoso, se transposto para a vida real. Mas estamos vivendo uma corda de circo, num show de equilibrismo onde nossa única garantia são duas cordas, a que pisamos em cima, e a outra amarrada no pescoço.

             O RS parece precisar de uma nova revolução farroupilha, agora contra os corruptos de plantão, já se descobriu falcatrua em todos os rincões, de uma forma ou de outra, tem eleição à vista. Falando com um eleitor domingo, ele disse que estava cansado das propostas dos políticos ano após ano, sem nada resolver, que agora iria mudar. Pensei que estava ficando politizado o povo, mas ledo engano, logo o eleitor completa:
         
             “- Eles sempre prometem e não dão nada. Agora só voto em quem dé (sic) algo antes”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Salvem a Amazônia

Numa tarde fria e ensolarada em Porto Alegre farroupilha, eu escuto o disco P.U.L.S.E., numa homenagem a Richard Wright, morto esta semana e aproveito para jogar o amazônia.vc no orkut, numa gana pessoal de integrantes para ver quem protesta mais contra o desmatamento e as queimadas no dito pulmão do mundo. Parece até que estou num Age of the empires, só que somo pontos contra pessoas reais mundo afora, não contra reinos imaginários, e sem condição de por um fim nas queimadas como no jogo do Age. Os pontos em questão neste game do Fantástico, são protestos, você protesta e... ponto.
Há muitos anos os protestos perderam a validade neste país velho descarado de guerra. Nos idos dos oitenta um protesto foi capaz de mudar um regime de governo, e nos anos noventa a derrubar um bode expiratório, que chamamos de presidente por quase três anos, mas resolveu alguma coisa. Agora temos uma geração inanimada, perdida no seu quadrado preocupada com a cor do cabelo, e sem a mínima preocupação com os futuros habitantes do seu mundinho. Há protestos de menos, problemas demais e soluções inexistentes. Diante desta catastrófica visão de futuro é que remamos, no escuro de um deserto.
Como diversão até é valido este jogo global, mas não dará os resultados procurados, não estou sendo pessimista, estou sendo realista, há interesses enormes em jogo, e vem mais um joguinho virtual, onde todos saímos como heróis da pátria, e os vilões da história saem, como sempre no Brasil real, como vencedores neste filme sem final. Quando tínhamos uma ministra do meio ambiente preocupada realmente com o meio ambiente, foi sacada do governo, por ser contra o desenvolvimento. O que é melhor:

Andar de carro luxuoso (blindado), jóias caras, roupas de milhares de reais, num deserto como o Saara sem ar para respirar, água para beber ou sendo arrasado ano sim outro também, como nos EUA?
Andar nu, mas no meio da natureza?

É, amigos, o mundo é grande demais para a insignificância do homem, mas pequeno demais diante de sua idiotia. E nem resolve mais protestar. Quem fez isso tudo já se mandou, e não deixou endereço para reclamações.

Ética marginal

Houve um tempo, dizem, que tinha ética no mundo. Há tempos passou a ser marginal, assim mesmo, ambígua. Hoje parece que a ética é uma dádiva, um dom, assim como quem joga bola, ou toca algum instrumento, muito se admira, mas parece que não é uma coisa para todos. Nos presídios há uma rígida hierarquia, e uma conduta invejável, pena, que estas condutas não são levadas para além das grades.
Tempos atrás, assaltante, tinha ética. Não roubava aliança de casamento, em respeito à entidade constituída pela igreja, aliás, a respeitada entidade também, como templo sagrado tinha seus portais imaculados. Hoje roubam a mão toda por causa de uma argolinha de ouro que serventia nenhuma tem, e já roubam dentro das igrejas. Ambígua de novo.
Mas em tempos que até ceguinho pedindo esmolas em escadarias de igreja estão sendo afanados, surge um ladrão de carro em Passo Fundo – RS, ao roubar um carro, deu-se conta que os pais deixaram uma criança no banco de trás do veiculo. Com toda sua ética marginal passou um pito no dono do veiculo, ao ligar para a policia, isso mesmo, ligou, disse sinceramente, que ao roubar o carro viu a criança e resolveu abandonar o fruto do roubo e ligar para “os homens” e se autodelatar, além de passar um sermão nas vitimas.
A policia, a pedido da população, está tentando localizar o ladrão, não para prender, mas para que ele venha a ser vereador, dando inicio a uma longa carreira na política, para impor um pouco de ética.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nota de falecimento


Aviso de falecimento e convite para enterro:

Faleceu depois de muito agonizar, o Sr. Brasil de Carnaval da Silva, um jovem com longo caminho pela frente. Morreu devido à falência múltipla dos órgãos. Interado há muito tempo no hospital FMI, aos cuidados do Dr. Ino Perante, na esperança de no futuro melhorar, mas não deu tempo. Os pais, Dona Ética da Silva, Seu Honesto da Silva, e irmã, Moral da Silva, enlutados, agradecem a todos que de uma forma ou de outra tentaram salvar nosso ente querido nos momentos de sangrias desatadas.
Serviços fúnebres a cargo das Funerárias Caymam.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mordidas na bunda


                  Enquanto os brasileiros choravam as decepções olímpicas, que cá entre nós, sabemos que não surpreendeu ninguém, uma vez que tudo no Brasil está fadado ao fracasso, ao menos que seja a conta bancária dos políticos ou os donos destes bancos. Os investimentos milionários que as loterias dizem passar para os esportes, e vemos nossos medalhistas sem dinheiro para pagar o processo de troca de faixa ou o ouro do Cielo devido sua dedicação e Pa(i)trocínio nos EUA.
                  Enquanto discutimos nas esquinas em quem vamos votar para prefeito e vereadores e os políticos de Brasília querendo reforçar suas bases para eleições vindouras, já que não creio que um deputado queira ser prefeito, sem tempo para votar em projetos importantes para a nação, se que alguma vez votaram.
                 Enquanto os cuscos sarnentos discutem com os vizinhos quem vai ser o melhor substituto do Dunga, do Zangado, e da Branca de Neve, ou se Ronaldinho volta a jogar como antes, ou se o Ronaldo Nazário, volta a jogar bola, ou se tornará uma.
                  Os políticos nos atacam covardemente pelas costas, como dizem no mundo da bola, bola nas costas, criando 1692 cargos novos no judiciário, destes, apenas 271 serão escolhidos democraticamente, por concurso publico. Os vira-latas e puxa sacos, estão uivando para a lua, mesmo em dia de chuva.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O poste virou o jogo

Há! Os vira-latas latem para o poste, para a caravana inglesa ver, mas com medo levanta a perna para o poste não cair em cima. Depois de sete anos, parece que agora vai, os debates acerca da proibição dos brinquedinhos juntos aos alimentos gordurosos. Eu queria ver uma fruteira fazer uma promoção assim, coma brócolis e ganhe o boneco do homem aranha. Também parece que vão vetar propagandas com linguagem infantil entre as sete da manhã e as vinte e uma horas.
Ainda estão querendo liberar a mãe dos empregos mais dois meses para cuidar dos filhos, mas os governantes estão querendo barrar o projeto, pois parece que geraria um prejuízo de oitocentos milhões de reais ano. Não deve fazer falta nos trilhões que arrecadam no período. Poderíamos fazer duas sugestões.
Primeiro: Políticos, roubem menos.
Segundo: Eleitores, quando estes vierem pedir seu voto, diga a ele pedir para os oitocentos milhões que serão poupados.
Enquanto os homens estão morrendo menos. A lei seca diminuiu em cerca de 13,6% os acidentes fatais. Isso é uma prova latente que o álcool levava muita culpa inocentemente. As pessoas morrem sóbrias. As aulas caríssimas engordaram os CFCs, mas não melhoraram nossos motoristas.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Eu já sabia

Dez por cento de talento basta. Vemos por ai inúmeros jogadores medíocres, dando conta de fazer sua função tática, resolvendo no grupo, pois são onze jogadores. Nossa trilha sonora é um tango composto por Shakespeare. São muitos jogadores interessados em dólares e euros, não mais em honra, os valores estão de ponta cabeça. Sempre se fala mal de um ou de outro jogador, do técnico e das estrelas da república sarnenta.
Estão dando frutos os maus investimentos nos esportes, inclusive o futebol, podem até dizer que o Brasil é um celeiro de craques da bola. Mas seriam eles craques mesmo? Como é o esporte que mais rende dinheiro, talvez o único, que possa transformar do dia para a noite, um pobre desprotegido de estado, em um milionário. Isso instiga os meninos em seguir a carreira futebolística, e quem vive, não é o meu caso, deve saber, o quão terrível é o dia a dia de milhares de alunos nas escolinhas, vê-se que eles não têm o menor talento para jogar pebolim, mas sonhando em jogar uma copa do mundo.
Os diretores de clubes e federações sabem bem, e como sabem, melhor que uma mina de ouro. Investe-se nada e se ganha muito.
Convivemos muito com jogadores que mostram um pretenso talento, até eu um “perna de pau” sem talento para fazer gol contra, joga um jogo bem digno de troféu, e fazem um oba oba em torno deste craque a ponto de acharem que este sim ganhará a medalha de ouro, como se não precisasse de outros dez jogando junto. A famigerada indústria de boleiros, fabrica uns craques meia-boca, para faturar uma boa dúzia de milhares de dólares, sem importar-se com o futebol, ou com o homem dentro da camiseta do clube.
E que clubes! Estão levando jogadores daqui para fora ainda em forma de embrião, para jogar em times da quinta divisão de um país qualquer, lá onde o Judas perdeu as botas. Depois voltam para vestir a camisa amarela, mais valiosa para alguns do que a própria vida, com um discurso hipócrita digno de político populista de quinta, que precisam dar alegrias ao povo. E o que é pior, o povo, se revolta contra o técnico, que é só uma peça a serviço da maquina, e não se revolta com os políticos. Os jogadores derrotados em Pequim, voltarão para suas mansões e seus milhões de dólares, enquanto os chorosos brasileiros continuam no seu patético mundinho de explorados pelo sistema.
O nosso maior comandante, disse que ficou raivoso diante da derrota para os “Hermanos”. Que interessante! Os problemas do Brasil se resumem à ausência de uma maldita medalha dourada? Educação, saúde, transporte, infra-estrutura... isso é problema dos outros.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tiraram as coleiras

Nem Pit Bull raivoso salva. Tiraram as coleiras dos cães sarnentos. Precisam colocar uma placa. Perigo: Colarinho branco a solta. Agora não tem mais algemas. Já éramos os campeões de impunidade, agora somos medalha de ouro nas boas maneiras que tratamos nossos inocentes criminosos. Vou me repetir, mas, é uma solução, melhor mesmo é mandar todos os inocentes para trás das grades, e os criminosos ficam a solta. Na pratica é isso que acontece, somos presos do regime semi-aberto, sempre voltamos para a casa, mas ficamos trancados á sete chaves.
Logo ao abordar um criminoso, com uma faca suja de sangue na mão, um morto no chão esfaqueado, e o policial precisa pedir licença para que, ele o acompanhe até o distrito, pois, pasmem, ele ainda precisa ser julgado. Então numa operação policial vai ser necessário, além dos policiais, um juiz e os jurados, para depois de um breve julgamento, o voto dos jurados irá definir se o elemento vai ser algemado ou não. Na pratica sabemos, só vai ser algemado, Pobre e Negro.
Bem feito foram prender os “graúdos”. Houve um tempo que um genial secretário de segurança, adotou uma postura patética, alertou os policiais para que, diante dos bandidos, precisavam parar e dizer:
- Cuidado cidadão, se não parar de atirar.
Aliás, poderiam lançar um novo sucesso para As Frenéticas.
“Abram suas algemas, soltem seus banqueiros,
Caia no congresso, afaste-se da ‘deputaiada’”.

domingo, 17 de agosto de 2008

Cachorrada a solta

Soltem os cachorros os políticos vêm chegando. Começa o mal fadado horário eleitoral, pior que uma novela, onde as mentiras são interpretadas por atores com carteirinha para fazer falácias inventadas, mas o povo não é platéia para mentiras institucionais. Quando eu vou ao teatro, ou ligo a tv num filme busco entretenimento, que poderei chorar ou rir, mas não atuar num espetáculo burlesco, onde quem se diverte são os outros.
Tornou-se uma zona eleitoral, no sentido bíblico da palavra onde todos querem ser eleitos, mas não dizem por que, aliás, já sabemos, mas teimamos em não admitir. Não é possível, apenas espalhando panfletos nas casas, nos carros e nas esquinas, ou ainda, com aqueles carros de som, com parodias imbecis de clássicos da MRB musica ruim brasileira, que um sujeito queira ser vereador, ou prefeito, sem ao menos olhar no olho do eleitor.
A propaganda eleitoral devia ser proibida. Não o é, por ser estes que se elegem levando voto de quem nunca o viu, nem sabe o que ele foi e o que fez. Uma das coisas que proibiram, para proteção deles, foi evitar que fatos pessoais vazassem, denunciados pelos oponentes. Só no Brasil que vida pessoal é separado da vida profissional, não acredito que uma pessoa possa ser duas, uma má pessoa e um bom profissional, ou vice-versa.
Nos EUA, que não é um exemplo muito bom a ser seguido, já que as eleições de lá é uma embolação que nem quem organiza entende, mas a vida pessoal é mais importante que a profissional na escolha do voto. Apesar do fato Clinton, outros políticos caíram apenas por suspeitas ou problemas na vida pessoal.
No RS, o presidente do tribunal de contas do estado, está com suspeitas de irregularidades, cobrança de propina e formação de quadrilha, com inúmeros telefonemas grampeados ligando ele a atos irregulares, e ele não larga a presidência do tribunal. Não é um julgamento precipitado, nem uma condenação sumária, apenas, um trabalho como esse a que foi designado, necessita de uma dose extra de ética, e o mais ético, neste caso, mesmo que inocente, afastar-se do cargo, seria a melhor atitude, digno de um homem que chega a um cargo desta estirpe.
Deve ser por estas e outras, que estes cidadãos nem chegam até nós para pedir votos, provavelmente a cara de pau não resistiria, enquanto a caravana passa.

sábado, 16 de agosto de 2008

É ouro?

Lembro-me da escola primaria, onde eu era obrigado jogar futebol ou vôlei, embora não jogasse nada em nenhum dos dois, no primeiro por falta de habilidade e no segundo, pela ausência de altura. Eu me saia melhor nos cem metros rasos, ou corridas de media duração, cheguei a competir numa rústica aos quatorze anos, de 3.200 metros, cheguei em oitavo, e poderia render bem mais, mas na segunda vez, terminei a prova em 20º, com problema nos joelhos, que me perseguem até hoje, e só (tento) jogar futebol de salão ou sete, igual a um robô, cheio de proteção.
Nenhum professor, não por culpa deles obviamente, investiram no que eu tinha de melhor esportivamente falando, meu colega, recebeu um pouco mais de incentivo em treinamento e foi um pouco mais longe, mas parou logo ali na frente. Então nada mais normal que nossos atletas cheguem nas olimpíadas e já sejam vencedores pessoais, pois levar um atleta numa competição, e reclamar pelo fato da criatura chegar em ultimo, declarando uma derrota degradante de um país com a dimensão do nosso.
Nem se compara, mas façamos um paralelo, a Alemanha, sexta colocada no quadro de medalhas em Atenas, quatorze de ouro com 452 atletas,e o Brasil, décimo sexto, cinco de ouro com 247 atletas. Ou seja, relação, cerca de um atleta olímpico em cada 183 mil habitantes, na Alemanha, e um atleta em cada 730 mil Brasileiros. Ainda temos que contabilizar a medalha de ouro do Cielo, na conta dos americanos, já que ele treina nos EUA, pior que nossos atletas tendo que sair do País, e ver governo e empresas, colocarem anúncios e verbas meses antes das olimpíadas. Um conhecido narrador, ficou três horas gritando como se o mundo estivesse resumido numa medalha. Se Michael Phelps, fosse brasileiro, seria no máximo, salva-vidas de um clube de verão.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Cada um no seu quadrado

Foi o tempo que se achava que música era para elevar a alma. Nestes momentos é que torcemos, independentes de crença, para que não tenha reencarnação, ou que os mortos fiquem noutro andar olhando o que acontece aqui embaixo. Imaginem gênios, como Beethoven, Mozart, Chopin, Jobim, Carlos Gomes, Noel Rosa, Pixinguinha, etc, etc, etc e tal, ouvindo o que se produz hoje em termos musicais, todos sem exceção, torceriam por morrer outra vez. Deve ser aqui o inferno, os reencarnados estão pagando seus “karmas”.
Houve um tempo, que eu queria ser guitarreiro, numa banda, veja só, para tocar covers de Guns, Kiss, entre outros, mas não sabia tocar patavinas, desisti para o bem geral dos apreciadores da boa música, mas a mesma idéia, não tiveram outros milhares de músicos que vemos por ai, que nem tocam, nem cantam. Tem uns, inclusive, que até no chuveiro cantam com play-back. Mesmo sendo um músico fracassado, não virei critico musical, como fazem outros.
Fico pensando se no futuro, terei que dizer aos meus filhos, que bom mesmo era o “é o tcham” e suas rebolantes e medíocres composições, tendo inclusive uma das bundas do grupo indo gravar músicas infantis, e o que é pior, levou sua dona para fazer o que só ela era capaz de fazer, merda. Para ai sim, pensarmos em Xuxa como clássico do cancioneiro infantil. Pior que a cada ano as composições tornam-se mais medíocres, “mais piores”, “mais ruins”, e diria mais “estão mais piores de ruins”. Aliás, algum “bom compositor” de Funk, poderia adotar essa: “Or, or, or, tá mais pior”.
Já tinha ouvido rima pobre, mas essa de “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado”, ultrapassou os limites da mediocridade do sucesso momentâneo, que ainda bem, alguns meses na frente ninguém lembra mais, só que já tem um ainda mais anódino para substituí-lo. A humanidade anda em círculos perigosos, com tempos favoráveis a mudanças, auges culturais, criativos e outros de ostracismo e insignificância. Estamos no meio de um furação de dejetos pútridos, sem ver a luz no fim do túnel. Talvez estejamos cavando rumo ao fim.
Podem dizer que tudo é valido culturalmente, já que o tempo é seletivo e só as coisas boas sobrevivem, como afirmaria Darwin na evolução das espécies, mas creio que ele estava equivocado, na espécie humana não há evolução, ainda se acredita em lendas de mais de dois mil anos, e se canta como nas cavernas, com monossílabas.

Salvem os vira-latas

                         O melhor amigo do homem, é um cão, não qualquer cão, mas um vira-lata. Come seu jornal, suas revistas, suas plantas, enfim, o que estiver a mão, o tapete um chinelo, uma bola, roeu, inclusive, a porta de sua casa, só não come ração. Impressionante. Ainda treino para me livrar de incovenientes, como um candidato com panfleto na mão.

                         Alguém bate a minha porta, pensei ser mais um pregador de palavras falaciosas, ou um pau mandado de candidato a vereador, que pessoalmente não existem, ainda não vi nenhum este ano, mas por garantia minha carteira está num cofre, mas não era nada disso, era um vendedor de alguma coisa que assim se apresentou:
                        - Desculperincomodarmaisestoucomumacamionete..[...]...tenhofilhosmulhermoroem...[...]... porissoestouvendendonãoroubando...[...]...eosenhorprecisameajudar.
                        Não pude comprar nada, afinal, meia hora depois, quando ele parou de falar eu já tinha esquecido o que ele estava vendendo.

                        Também tem gato vira-latas. Me deram um filhote fêmea de siames, me roubaram, adotei uma de rua, ainda filhotinho de olhos fechados, me roubaram assim que cresceu e se percebeu ser Angorá. Adotei uma velhinha que encontrei na rua, igual ao Garfield, mas me roubaram também. Consegui um casal de vira-latas, estão aqui, dois anos depois, apesar de envenenarem o macho, que se arrastando ainda voltou para casa, está quase bom, ao menos já mia, tem uma gata preta, que me jogaram aqui em casa sempre dormindo no sofá. Tem um cinza, que chegou bem pequeno, magrinho, já está grande e robusto. Ah! Se não fossem os vira-latas, não poderiamos berrar ao mundo... BRASIL...SIL...SIL...É BRONZE...É BRONZE...

Porta Curtas - Ilha das Flores