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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ainda bem que pagamos impostos 2

                Mais um capitulo da velha saga brasileira de pagar “bitributação” por tudo. Desta vez precisei de atendimento médico na cidade de Gravataí – RS, mas, mesmo exemplo próprio, serve para as maiores capitais, ou vilarejos recônditos deste imenso país sem lei, calcado na esperança de futuro, que fica sempre no amanhã.

                 Era uma gripe comum, que se estendeu em febre por mais de uma semana, resolvi buscar um atendimento médico após o expediente. Cerca de dezenove horas dirigi-me à uma clinica particular para usufruir do plano de saúde, terceira tarifa que preciso pagar para ter direito a tratamento médico, que na lei me é assegurado. Depois de duas horas e meia, sou atendido pelo pediatra da clínica, que não tem um clínico geral neste horário, apesar de vangloriar-se de ter atendimento emergencial até às 24 horas, e ser alertado que precisava fazer um exame mais detalhado em Raio-X, mas que naquele horário, naquela clínica, o plano não cobria. Só restava uma saída, dirigir-me a um hospital público, para usufruir dos impostos pagos ao ineficiente governo, chego a única clínica pública existente nesta cidade, eram vinte duas horas e treze minutos, mas resolvi ir ao setor dos convênios, onde me informaram que dentro de uma hora seria atendido.

               Na sala de espera da recepção, um homem ensangüentado, pedia pelo amor de Deus que o atendessem, estava ali há horas, tinha sido atropelado, estava com várias escoriações pelo corpo, e o atendimento omisso. Depois de quase uma hora passamos à outra sala, para uma espécie de triagem, e nos encaminharam à outra sala de espera. Só seriamos atendidos por volta de uma e meia da madrugada, por um médico residente que se desdobrava entre os atendimentos pelo SUS e os do convênio.

               Foram feitos alguns exames, que precisaram de mais duas horas para ficar pronto, sorte da natureza nada de mais grave, só de repouso e uns remédios e logo estaremos arribados, para pagar impostos para a saúde, impostos de outras fontes, que dizem ser para a saúde, e ainda pagar altas taxas dos convênios, para na maioria das vezes, nem representa nada, diante de um governo mentecapto, em todas as esferas, que nem para vigiar serve, já que atuar não há competência ou vontade.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ainda bem que pagamos impostos



               Coitados dos familiares do presidente da camara alta do país, que não sabem trabalhar, nem fazer nada, precisam mesmo destes impostos para ganhar a vida, já que de outra forma não teriam condições, enquanto nossas empresas precisam fazer os reparos públicos que o estado não consegue cumprir a demanda. Não bastasse a alta carga tributária sobre os ombros dos empresários, ainda há os sindicatos partidarizados querendo fazer nossos empregadores pagarem maiores salários, enquanto apóiam os mandatários que aumentam impostos, diminuindo as chances de aumentarem os postos de trabalho.
                
                 Uma breve sugestão, é abolir a cobrança de impostos, e deixar que o povo cuide de fazer as obras e os reparos públicos necessários, já que somos tributados três vezes para cada necessidade, e para supri-las só pagando um por fora.

                 Na foto exemplificando, mais um pouco a falência do estado, funcionários do CFC Carlão, pintam a sinalização vertical das vias públicas de Gravataí - RS.

                Já não tem mais saida. Os aeroportos estão fechados, e não tem mais sinalização nas estradas, aliás, restam poucas estradas e ainda cobram pedágios... IPVA... CIDE...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Quem é Ivete Sangalo?

                  Nossa constituição diz com todas as letras, que em país de analfabetos culturais parece não ser legível, que todos somos iguais independente de cor, credo ou status social. Mas num país de valores rasgados e distorcidos, tratamos um cão com direitos humanos, e um cidadão como verme, poderíamos rasgar a constituição, literalmente, e adotar uma só frase, para economizar papel e tempo na leitura, que seria: “Quem pode mais chora menos”.
Mas em país de pelados, quem tem um pano é deus. Criam-se muitos mitos vivos e uma necessidade imoral de criar ídolos, e como deuses tornam-se intocáveis, capazes de tudo. Entre eles, vários, claro, mas vamos nos ater em tres, Ivete Sangalo, Caetano Veloso e o Cirque du Soleil.

                 Segundo ela Própria, Ivete Sangalo é uma pessoa comum, como qualquer outra, que paga seus impostos e portanto, digna de receber leis de incentivo. Considero Ivete uma grande cantora, apesar de um repertorio discutível no meu gosto musical, mas não é isso que está em discussão, mas sim, a questão comercial do Artista. Em termos práticos, se anunciar um espetáculo com o grupo x de teatro oriundo de Uruguaiana – RS, não terá público em Porto Alegre – RS, pois ninguém saberá ao certo de quem se trata, e para este grupo manter-se na estrada, precisa de leis de incentivo, já que raríssimas empresas patrocinariam um espetáculo deste grupo mesmo que montassem o Bardo. Já Ivete Sangalo, nem precisa de força para anunciar, arrecadar patrocinadores, ou conseguir público para pagar as despesas do evento e ainda lucrar com ele.

                Concordo com a Artista, sim, ela está dentro da legalidade e usufruindo um direito dela, e qualquer cidadão, de obter as vantagens prometidas nesta regra de incentivo a cultura, mas há de se convir, que não há necessidade desta vantagem, daí abrir mão em pró de outros mais necessitados, seria de uma grandeza ética. Caetano Veloso, teve que fazer seus shows com preços populares, ai sim, nestes moldes á aceitável.

               Mas a lei Rouanet, formada para atender aos interesses de artistas e pesquisadores culturais e artísticos do país, foi brutalmente achacado, por assim dizer, para servir aos interesses de um grupo Canadense, que para desespero da maioria absoluta dos Brasileiros, poucos tiveram acesso, dados altos preços cobrados, onde o ingresso mais barato era igual ou superior ao piso salarial do país.

              Diante disso, passamos a outro ponto da discussão, a arte de grande qualidade é naturalmente elitista, e grande válvula de escape para ascensão social e melhoria de qualidade de vida de seus idealizadores, mas quando alcança um patamar mais elevado de fatura, deveria abrir mão de certos incentivos. Para o bem geral da nação, ou então, usar destes artifícios para aproximar qualidade criativa dos menos favorecidos, precisamos de ética e responsabilidade nestes setores.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Segundos de fama

Reza a lenda, que um jovem e belo rapaz, recusou-se a casar com uma bela Ninfa, e os deuses o condenaram a autopaixão. A patológica situação de amar-se desesperadamente demais. Todos nós devemos ter uma dose de amor próprio além do amor dedicado aos demais. Para Freud, essa é uma ação necessária na espécie humana, desde os tempos “in útero”, mas dentro de um limite, que não extrapole o patológico. No caso do belo e jovem Narciso, a paixão foi tão forte e intensa que ele resolveu casar-se consigo mesmo. Como revelou ser impossível a união acontecer, Narciso, que passava horas de namoro com sua imagem na água, morreu afogado, ao tentar fazer amor com seu reflexo.
Nem a invenção do espelho, despertou tanto narcisismo como as invenções de redes sociais na Web, e máquinas fotográficas digitais. Basta dar uma circulada entre as redes sociais mais difundidas no mundo virtual para se ver as fotos, na imensa maioria das vezes autofotos, mostrando que o Narcisismo está tão fortemente dominando, que não se credita a ninguém a foto. Lá está a bendita foto, desfocadas, mal enquadradas e mal feitas, do rosto da pessoa, ou de uma protuberância sensual que queira mostrar. Colocam milhares de fotos e não mudam a pose, no máximo, a roupa, e voltam para a mesma pose, e clicam o mesmo ângulo, do braço esticado e a mostra, ou ainda pior, diante do espelho, para além do Narcisismo, exibir a marca da câmera, para arrasar a concorrência.
Desde antes destes modernos se criou varias formas de um simples mortal tornar-se lenda, ou virar celebridade, dizer que era deus na terra, ou até fazendo coisas memoráveis, como Gilgamesh, Ciro, Alexandre, Davi, Sócrates, Nabucodonosor, Salomão, Jesus, entre tantos, que passaram para a posteridade como personagens fortes, quase questionável a existência para além da imaginação. Depois escrever livros, atuar em cinema industrial, músicas ou novelas, viraram o mote do século XX, quando se chegou a produzir ícones dignos de reinado, do pop ao campo de futebol.
Mas são historias da era das navegações que pega uns famosos hoje, os papagaios de pirata, alcunha dada aos caroneiros da fama. Quem antes buscava quinze minutos de fama, agora se contenta com quinze segundos. Umas das mais badaladas celebridades da atualidade, são jogadores de futebol, para ficarmos num exemplo, onde sair com um jogador famoso, mesmo que numa noite apenas, rende capas e mais capas de revistas de fofocas e fotos em revistas masculinas. A busca pela fama cria casos patológicos, alguns não resistem.
Basta um pé na calçada de uma pessoa famosa, e vira manchete. Mas se sabe que são os próprios, na maioria das vezes, quem divulga fotos, textos, ou noticias, criam casos e depois negam, armações simples para ganhar manchetes, e talvez levar mais um papagaio com eles.

Porta Curtas - Ilha das Flores