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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Precisamos acreditar em Deus?

Qual é seu deus?
                 Talvez o certo seria perguntar, se necessitamos acreditar?

                  Surgido provavelmente, há cerca de setenta mil anos, quando o homem moderno, ou homo sapiens, ao dar-se conta da finitude da vida. Começa então uma divinização das forças da natureza, Sol, Lua, Relâmpago, Trovão, animais e inúmeras outras manifestações inexplicáveis. Alguns povos, chegavam a imaginar uma vida anterior, ou ancestrais comuns de animais, registrando iconografias nas paredes das cavernas, representando homens com partes em formas de animais.
Ver seus entes queridos morrerem começava a despertar um sentimento metafísico no homem de setenta mil anos atrás. Possivelmente, essa passagem gerou as diversas formas narrativas de homem imortal, num paraíso terrestre. As indagações filosóficas, não são diferentes das dogmáticas, “de onde viemos?”, “para onde vamos?” e “quem somos?”, que na religião se responde com afirmações irrefutáveis, na visão de religiosos.
Fica assim:
De onde viemos? Segundo os dogmas monoteístas, leia-se as maiores religiões impostas ao Oriente Médio e o Ocidente, viemos do barro, nos foi dado um sopro divino, e então passamos a ser servos de Deus.
Quem somos? Somos escravos de Deus, precisamos viver uma vida pautada a orar, e cumprir as ordens divinas.
Para onde vamos? Depois de uma vida regrada de penitencias, orações e dádivas, terá sua alma elevada aos céus, onde passará a eternidade no paraíso ao lado de Deus, à espera do julgamento final.
É mais fácil viver assim, com uma afirmação falaciosa do que com uma duvida existencial, dura realidade. Assim como funcionam livros de autoajuda. A bíblia seria o primeiro desta espécie no mundo literário. Na verdade a maior parte dos problemas da humanidade hoje, não são as crenças em Deus, muito unificadas nos últimos milênios. Unificada a duras penas. Então podemos dizer, que o problema maior é a Religião, que criou os maiores problemas e preconceitos na vida moderna.
Foi assim com os não-semitas, depois com os povos do norte chamados de bárbaros, ou os mouros, contra as mulheres relegadas a simples útero criador, as pensantes eram bruxas, e queimadas. Além da ciclicidade de suas afirmações, e a forma das soluções que parecem fáceis. Os cânticos e as repetições, por exemplo, uma missa, onde tudo é sempre igual, usado para minar nosso cérebro, na velha história de quem mente antes diz a verdade. Ao conversar com Deus, damos a resposta que queremos ouvir, é só parar e pensar um pouco.
Essa programação entrou no nosso DNA, cientistas identificaram o gene que nos faz acreditar em Deus, só resta saber, qual Deus?
Enquanto houver religiões, que se julgam donos dos dogmas, e das pessoas, nossa mente continuará pausada, sem um botão de play, que se apaga, assim como a memória, que é atulhada de insensatez, fechando as portas para novos aprendizados, e aceitação de seus diferentes. Modos repetitivos e poucos criativos de nosso mundo, colabora para isso, evitando que as pessoas sejam humanas, e o que é pior, ocorre uma espécie de lavagem cerebral, desacreditada, obviamente para bel prazer de alguns, onde fazem pessoas morrerem ou matarem em nome de seu Deus, mesmo que as escrituras sagradas destas mesmas religiões preguem amor ao próximo.
Apesar de eu não ser besta de estar batendo de casa em casa, dizendo o que cada um tem que fazer, muitas recebo atentamente, os pregadores Cristãos das mais variadas correntes se fazem o favor de me acordar às nove horas da manhã de um domingo, sem deter conhecimento sequer sobre o conteúdo do livro que querem ensinar, tampouco dos acontecimentos polêmicos deste país.
Mesmo discordando da idéia, a religião é usada pelos governos, ou como teoria de conspiração, músicas ruins para doutrinar as massas, havendo a necessidade ordeira, dotada de dogmatismo, viram, ironicamente, animais evolutivos, teoria que tanto refutam, na mão de domadores. Não necessitamos de deuses para nos dotar de benevolência, somos racionalmente capazes de fazer o bem, pelo bem. Não por uma idéia absurdamente egocêntrica, de recompensa eterna. Faça o bem, seja feliz, mesmo que seja dormir mais um pouco num domingo de manhã, não faça mal a ninguém, enfim viva a vida, mesmo porque, se tiver um paraíso depois, sua vida será duplamente vitoriosa.

Porta Curtas - Ilha das Flores