Salve libertários da Republica dos sem raça definida.
Mais um vez vemos alguém atentar contra a democracia, e nada. Os politicos da Republiqueta de nenhuma pataca, já que a meia moeda que existia foi desviada, cometem uma falcatrua atrás da outra, e nos afrontam com uma desculpa inversamente proporcional ao tamanho do interesse destes na Opinião Pública. As redes sociais seriam um passo importante nesse sentido, quando os mandos e desmandos dos corruptos, podem vir a tona.
Ademais os politicos nem se julgam servidores públicos. Eles são o que? Sanguessugas? E não é só aquele que compra casa, carro, manda dinheiro público para Caymann ou compra deputados com sobra de campanha que é corrupto. Aquele que faz uso de sua posição para favorecer esse ou aquele, também entra na mesma barca. E o povo? Na maioria dos casos chama de corrupto o Guarda de Trânsito que aceita sua propina.
Numa luta de proteção ambiental em Florianópolis, foi criada a página Reage Praia Mole e dentro dela houve comentários contra um vereador local. Sem entrar no mérito da critica, uma vez que foi feita de forma vil e anonima, não há por que tirar um site inteiro do ar no país todo por um problema local. Não sei quem é o vereador, nem quem é o juiz, mas me interessa a intenção disso tudo. É somente pra desviar atenção de alguma coisa maior que ainda está por vir? Ou simplesmente chamar a atenção pra si com intuito eleitoreiro apenas?
No intuito de proteger um Politico de uma possivel perda de votos, num colégio eleitoral que envolve cerca de 400 mil eleitores, tolher mais de 37 milhões de Usuários? Isso é justiça que se faça?
Aviso aos detentores de cargos públicos, principalmente cargos politicos, façam tudo dentro da lei, evite ser alvo, assim critica nenhuma o atingirá. Liberdade de expressão não se vê muito por aqui.
Descongelando as paletas nos Alpes de Cima da Serra, volto a pauta com esse texto do Blog "Democracia da Mídia" com assinatura de Victor Zacharias.
O esquema de distribuição da Globo me deixou enojado, disse o ator Caio Blat
Victor Zacharias
O ator Caio Blat esteve em Suzano em um evento promovido pela prefeitura
durante o qual participou de uma roda de conversa com a juventude e
contou um pouco da sua trajetória de vida, a experiência no teatro,
cinema e televisão.
Sua premiada carreira começou precocemente, primeiro fez comerciais de
publicidade aos 8 anos, depois atuou em novelas, só então chegou ao
teatro. Quanto aos estudos, preferiu fazer faculdade de direito ao invés
de artes cênicas, pois a intenção era a de ampliar sua cultura e
conhecimento. Entrou na USP, mas não concluiu o curso.
Cinema não chega aos pobres
Quando foi fazer o filme Bróder morou por um tempo no bairro de Capão
Redondo em São Paulo, foi lá que percebeu que o cinema não chega até as
pessoas da periferia, o público que atinge é restrito, o motivo a seu
ver é porque não existem salas disponíveis nestes lugares, o ingresso é
caro e o filme brasileiro fica uma semana em cartaz e sai para dar lugar
aos filmes da indústria americana.
Esquema para fazer sucesso
Ele foi produtor de seus últimos filmes, por isso descobriu qual era o
esquema da distribuição, e Caio indignado disse "é uma coisa que me
deixou enojado, me deixou horrorizado".
"No cinema a distribuição é predatória, ainda é um monopólio", disse
Caio, "são pouquíssimas empresas distribuidoras e o que elas fazem é
absolutamente cruel, elas sugam os filmes, não fazem crescer, sugam para
elas, são grandes corporações".
Ele disse, "ia ao Vídeo Show, no programa do Serginho Groisman e outros.
Achava que era um processo natural de divulgação, foi quando descobri
que estas coisas são pagas. Quando vou ao programa do Jô fazer uma
entrevista isso é considerado merchandising, não é jornalismo".
A
Globo faz estas ações de merchandising, inclusive em novelas, e fatura
para a Globo Filmes. Comenta Caio, "Ela cobra dela mesma". Ele notou que
este é uma espécie de "kit" para que o filme aconteça e seja exibido em
dezenas de salas em todo o Brasil. Se por acaso os produtores não
aceitarem esta imposição, a Globo não levará ao ar nada do filme em
nenhum de seus veículos, nem no eletrônico, nem no impresso, Caio
completa, "Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu"
No contrato de distribuição, Caio detalha, fica estabelecido que o
primeiro dinheiro a entrar da bilheteria do filme é para pagar a Globo
Filmes, "É um adiantamento que estamos fazendo. Olha o que eles estão
dizendo! Adiantamento fez quem realizou o filme, investiu muito antes".
Ele pergunta, "O que a Globo faz? Quanto ela gastou para fazer este
"investimento"? Nada. O programa deles tem que acontecer todos os dias,
eles precisam de gente para ser entrevistada, finaliza sobre este tema.
Jornalismo que é propaganda disfarçada
Sem contar o lado ético, que no capitalismo é apenas retórica, chega-se a
primeira conclusão que tudo que é exibido na televisão, uma concessão
pública, é propaganda, ora em formato de comercial, ora como
merchandising, isto é, dentro do programa e até em estilo jornalístico.
Outra conclusão é que a TV gera lucro em outros negócios para seus
concessionários que nada tem a ver com a atividade fim da concessão.
Lei limita propaganda
Nas leis, que completam 50 anos, de números 52.795/63, art.67 e
88.067/63, art.1, art 28, 12, D, está escrito o seguinte: Limitar ao
máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do horário da sua programação
diária o tempo destinado à publicidade comercial. Pelo visto, ela
claramente não é cumprida na programação que vai ao ar.
Existem também canais que passam promoção de vendas o tempo, neste caso,
além da lei citada, também deixam de cumprir o princípio constitucional
: Art. 221 - A produção e a programação das emissoras de rádio e
televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a
finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas.
Tudo leva a crer que estas questões são graves o suficiente para suspensão das outorgas das emissoras infratoras.
Por isso, e por muitas outras coisas, é preciso que este tema da
democracia da mídia seja discutido no país e o Marco Regulatório da
Comunicação, após ampla consulta pública, encaminhado o mais rapidamente
ao Congresso, sem o qual a Liberdade de Expressão com diversidade e
pluralidade continuará seriamente prejudicada.
Assista ao vídeo do bate papo, a questão da mídia começa a ser colocada com 12'53"