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quarta-feira, 25 de março de 2009

Nas favelas, no senado...

O profeta Renato Russo, já falava da sujeira para todo o lado em meados dos anos oitenta, inicio da pseudoliberdade de expressão conseguida neste período. “Nunca antes na história deste país” se falou e se descobriu tanta lama em nossas casas legislativas. As mais recentes no ninho da câmara dos senis, que submerge seus pares num oceano fétido de putrefação.
Já se cogita em meios acadêmicos e intelectuais um movimento para extinção da casa senil do Brasil, num ato simbólico, mesmo que análogo aos militares, é uma saída contra a corrupção enraizada como um câncer, ou vírus de computador, exigindo urgentemente uma formatação da maquina pública, e reinstalar o sistema, sem nenhum componente destes que estão instalados no centro administrativo. No Brasil onde só se discute a novela das oito ou o enfadonho Big Brother, poderíamos citar a novela como um exemplo. A atual novela global, discute a sociedade Indiana. Uma das ações louváveis dos Indianos é o respeito dispensado a opinião dos mais velhos nas resoluções familiares, isso, claro, dá uma idéia bastante conservadora nas decisões, mas esse exemplo de postura dos mais velhos para direcionar o caminho dos mais jovens, é elogiável.
No Brasil nossa maior representatividade de idosos, falsamente, diga se de passagem para não perder a cultura Brasileira, onde se admite cidadãos com mais de 35 anos, que poderia representar senilidade há trezentos anos quando se vivia cerca de cinqüenta ou sessenta anos, mas não agora. Isso permite que tenhamos senadores há quinhentos anos na câmara alta. Estão confundindo senilidade com insanidade. Amontoam cargos e afiliados políticos, ganhando fortunas, diante da miserabilidade do país. Perdem a linha e quando um senador secular na casa, torna público o escoadouro de propinas e corrupção na capital federal, fica o dito pelo não dito, ninguém falou mais nada sobre o assunto, mesmo que se confia pouco neste mesmo parlamentar, que embora em 50 anos de vida pública nunca sofreu revés processual, alia-se a outro que vive mais em tribunais se defendendo do que nas tribunas defendendo quem o elegeu.
Embora uns defensores de ética e vergonha na cara deste país, em discussões “partidarizadas”, nos fóruns da Internet, atacam uns e defendem outros, na defesa de um parlamentar que em cinco mandatos como deputado, e um como senador, 28 anos de parlamento, formulou apenas 88 propostas. Façam o calculo de custo beneficio de uma ameba e sairá mais vantajoso.
Ao ligarmos a tv nos horários noticiosos, temos uma enxurrada de noticias que parece ter o mundo ficado louco, violência, trafico, agressões, pessoas morrendo nos corredores de hospitais públicos, entre tantas. Numa dessas um homem aparece transtornado com a morte da esposa e do filho numa maternidade em pedaços, não era a primeira, e acusando e quase partindo para cima do diretor da maternidade acusando-o de negligencia, depois abriram voz para os administradores que afirmaram a intenção de abrir uma sindicância. Que sabemos, nunca terá um desdobramento aceitável, uma vez que os verdadeiros culpados por isso tudo, são os mesmos que fazem as leis, ou deveriam.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A hora da salvação

                Só a educação salva!

               Mas quem são os responsáveis pela salvação? Os educadores, os pais ou os alunos?

               Viramos a página recente de nosso país, pois vinte anos em escala histórica não significa nada, onde passamos de um sistema absolutista ditatorial, para uma lambança de libertinagem total. Não se respeitam as regras. Formados por uma geração revolucionaria que queria combater o sistema, e logo confundiram com “bardernar” as leis e regras de convivência social. No final da ditadura, meados dos anos 80, entrei na escola primaria que ainda mantinha resquícios dos mandamentos militares no currículo e na cabeça de pais e professores. Era comum os pais à porta da escola entregavam os filhos às professoras, e de quebra ainda diziam:

                 - Se ele lhe incomodar pode castigar!

               E ai de nós se houvesse uma reclamação oriunda de mau comportamento e desrespeito aos mestres, ainda vistos com autoridade e austeridade diante de alunos e sociedade. Hoje a sociedade patética e incapaz de resolver seus problemas, inclusive de educação essencial que deveria ser adquirida no seio da família, que delega esta atribuição aos professores. Essa terceirização de valores nos habilita às necessidades dos gestores numa versão democrática de ditadura, onde sociedade desqualificada, “robotizada” e construída em linhas de montagens, desvalorizando o individuo, assinam sem ler, uma procuração para serem exploradas. Os pais estão deixando a critério de professores partes da aprendizagem que precisamos trazer de casa, como caráter, ética, respeito, entre outros, como religiosidade, num país de limites continentais, há vários dogmas e crenças, e escolas públicas não podem interferir neste ponto. Embora se saiba, testemunhei um caso destes numa escola estadual de Santa Maria – RS, uma professora de educação infantil, fazendo as crianças rezarem um Pai Nosso, antes de merendar. Uma oração Cristã, principalmente Católica, numa escola que reúne alunos de varias correntes e desígnios religiosos.

                Culpam sem critérios os docentes pela má educação do país, e os acusam de “mercenarismo” por lutar por melhores salários, diante das constantes greves, e democraticamente cortam vencimentos das grevistas, e pagam salários irrisórios num desrespeito latente à categoria, enquanto pagam salários de cerca de dois mínimos para um professor pósgraduado, não sem antes espernearem pois aumentaria os gastos públicos, pagam um sem numero de funcionários medíocres para atenderem mal os reclamantes, e ainda ganham fortunas. Isso que se reclama pouco, num país de analfabetos, quem aos vinte anos consegue escrever o nome, significa bom ensino.

              Outro dia mesmo precisei de um documento expedido pela coordenadoria de educação, na minha cidade, fui atendido rapidamente, mas precisava ligar dentro de duas semanas, para ver se teriam condições de me entregar o documento, que normalmente levaria cinco dias, pois estavam sem impressora. Na era da informação tentei sugerir levar minha impressora de casa, nada feito, mandar por e-mail, nada feito. Na ultima das hipóteses, perguntei onde sairia com mais rapidez.

                A resposta seria na coordenadoria central, em Porto Alegre. Como moro a meia hora da capital, me desloquei para lá. Com uma vontade jurássica, uma funcionaria levou duas gerações para me atender, tal era sua atenção, sequer sabia do que eu estava falando, mas para não passar em branco me mandou para outro setor, ainda bem que um andar acima. Lá chegando à surpresa. Elas não sabiam de nada. Fiquei como barata tonta, sem saber o que fazer naquele amontoado de mesas e cafezinhos, me mandaram voltar onde estivera antes, que recusei, obviamente, no que a funcionaria disposta como uma tartaruga, foi procurar alguém competente no setor que pudesse sanar minha duvida.

                 Não deu outra, fui mandado para a Secretaria Estadual de Educação, que distava dali um bom trecho, sai porta afora esbravejando contra o telefone celular que justamente naquele momento estava sem bateria, nem podia escutar uma música para acalmar a fúria, nem gravar minha crônica em voz na rua. Agora até agradeço, senão, caso usasse meus pensamentos naquela hora, seria censurado para menores de 200 anos.

                Ainda não entendo como tem pessoas capacitadas que sobrevivam em meio a tantos incompetentes, aliás, isso me levou a recusar uma vaga no serviço público após passar num concurso, não suportaria ver tanto descaso, uma senhora, falha minha não lembrar o nome, me atendeu numa agilidade, e competência de saltar os olhos. Não sem antes, uma mulher bem mais jovem e fornida de matéria orgânica e gordura acumulada nas proeminências laterais da cintura, fomentadora de energia, me olhasse com desdém, como se não fosse cumpridor de minhas atribuições, fazer um gesto com a cabeça para a senhora essa me atender. Em minutos estava tudo resolvido. O que uns chamam de burocracia, significa falta de competência, ou vontade.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Egoísmo Brasileiro

Muito se fala, e com razão, da prepotência usual por parte dos Estadunidenses, frente a inúmeros casos dos mais variados assuntos. Mas no caso do garoto Sean, disputado pelos avós maternos e o Pai, a razão está com este último. É inegável o direito que um pai tem de criar seu filho. Salvo outras questões que parecem não vir à tona aqui. Até passeatas foram organizadas em defesa do garoto ficar no Brasil, alegando ser o mesmo Brasileiro. Mais um motivo para o menino se transferir para os EUA, pois a imensa maioria do povo Tupiniquim queria estar em Norte América.
Criamos nossos filhos para serem nossa imagem e semelhança, sem meras coincidências, exceto pelo Abraão, o pai de todos que mataria Isaac imolado, ou Javé que deixou o seu unigênito pendurado na madeira e o Egoísmo é tal que dizem ser este Brasileiro, todos os demais querem seus filhos vivos perpetuando seus genes. Está se tirando, deste pai o direito mais primordial, de manter cuidados sobre seu rebento, isso é egoísmo exacerbado por parte do povo Brasileiro. O garoto é tão Brasileiro quanto Estadunidense.
O que se vê neste caso, e mais um trato psicológico de povo ressentido com a síndrome de viralata de Rodrigues, cunhada nos anos 50 e tão atual no raiar do século XXI, que quer vencer um joguinho de palitos ou par ou impar, para demonstrar superioridade. Não é cometendo injustiças como esta que se supera diferenças latentes no direito humano.
Podemos fazer uma prévia, balanceie apenas alguns fatores, nem precisa ser todos, apenas pelo fato educacional, terá acesso esse menino nos EUA, a uma educação exemplar, um tanto carola, sem teoria de evolução, mas isso pouco importa a humanidade não evoluiu mesmo, no Brasil, essa parte toda foi desviada em verdinhas que descansam na alva Suíça. Nos EUA, claro, ele corre o risco de numa bela manhã ensolarada um lunático invadir a escola e acertá-lo com uma metralhadora, no Brasil, corre o risco de ficar vivo.
Nos EUA depois do culto dos domingos de manhã, ele vai a um estádio onde homens se agigantam em esportes truculentos, como Futebol Americano, Hóquei no gelo, e Beisebol, aqui no Brasil, o Futebol e o carnaval moldam tudo, não são violentos, e também se joga beisebol, sem a bolinha e fora dos estádios depois do futebol.
Nos EUA ele pode ser mandado para um país no outro lado do mundo para matar os inimigos do petróleo barato, no Brasil ele corre o risco de chegar vivo ao exercito e ser mandado embora por baixa escolaridade. Entre outras.
Não sou adepto do estilo de vida deste país do Norte, por obviamente, ser defensor do estilo de vida mínimo, onde precisamos de poucas coisas para viver bem. Não preciso trabalhar 24 horas por dia para ter um carro melhor e maior que meu vizinho, até por que Freud explica melhor o porque disso, mas deixa para lá.
Haja “jeitinho”. Fazem passeatas para defender um apenas, pelo apelo midiático das verbas familiares do menino no país, os mesmos que não saem às ruas para defender a ética e a moral deste solo mãe gentil, enquanto milhares de crianças da pátria amada imploram por uma escola decente e de qualidade. Vá ser egoísta assim longe de mim.

Porta Curtas - Ilha das Flores